John Bailey foi escolhido para presidir à instituição dos Oscars

9 Ago 2017 23:56

O director de fotografia John Bailey (n. 1942) foi eleito presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, com um mandato com um ano de duração.

 

Cheryl Boone Isaacs, a presidente cessante, cumpriu quatro mandatos, o máximo que os regulamentos da Academia permitem. A sua presidência ficou especialmente marcada pelas discussões em torno da escassez de nomeações para afro-americanos e, sobretudo, pela falta de diversidade interna da instituição — um dos objectivos do seu trabalho foi a criação de condições para um significativo reforço dessas diversidade até 2020, em particular no número de membros femininos.

Bailey é um consagrado director de fotografia, tendo recebido em 2015 o prémio de carreira atribuído pela American Society of Cinematographers. Com uma actividade regular desde o começo da década de 70, foi responsável pelas imagens de títulos como "American Gigolo" (Paul Schrader, 1980), "Gente Vulgar" (Robert Redford, 1980), "Os Amigos de Alex" (Lawrence Kasdan, 1983), "Mishima" (Paul Schrader, 1985) e "O Feitiço do Tempo" (Harold Ramis, 1993). Curiosamente, nunca obteve qualquer nomeação para um Oscar.

Mesmo tendo em conta que se trata de uma posição essencialmente simbólica, a acção do presidente da Academia de Hollywood pode ser determinante (como foi no caso de Boone Isaacs) para a gestão de certos conflitos ou tensões, em particular no funcionamento das votações envolvidas na atribuição anual dos Oscars.

Um dos dossiers mais complexos que Bailey terá de gerir envolve o Museu da Academia: inicialmente previsto para ser inaugurado este ano, o projecto tem enfrentado as mais diversas dificuldades logísticas e financeiras — a Academia ainda não conseguiu angariar os cerca de 380 milhões de dólares previstos no seu orçamento.
  • cinemaxeditor
  • 9 Ago 2017 23:56

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