22 Jun 2021 16:00
O realizador italiano Marco Belloccio receberá um prémio de honra e estreará o documentário "Marx può aspettare", em julho, no Festival de Cinema de Cannes, em França, anunciaram hoje os organizadores.
Segundo o festival, Marco Bellocchio, de 81 anos, marcará presença na cerimónia de abertura, a 6 de julho, estreará o filme "Marx pode esperar" (em tradução livre) e estará na cerimónia de encerramento, a 17 daquele mês, para receber a Palma de Ouro de honra, em reconhecimento pela "obra singular, cuja força e liberdade marcaram o cinema contemporâneo".
Sobre o filme "Marx pode esperar", o festival descreve-o como uma obra "pessoal e dolorosa", com a qual o cineasta tenta compreender o suicídio do irmão gémeo, aos 29 anos, "tragédia familiar da qual nunca verdadeiramente recuperou".
A carreira de Marco Bellocchio no cinema remonta aos anos 1960. É autor de filmes como "Henrique IV" (1984), "A condenação" (1991), "Bom dia, noite" (2003), "Vencer" (2009), "Bela adormecida" (2012) e "O Traidor" (2019).
Além de Marco Bellocchio, também a atriz e realizadora norte-americana Jodie Foster receberá um prémio de carreira, anteriormente anunciado.
O 74.º Festival de Cinema de Cannes decorrerá de 6 a 17 de julho, reprogramado para o verão por causa da pandemia da covid-19, e abrirá com "Annette", filme de Leos Carax, com Adam Driver e Marion Cottilard.
A seleção oficial, cujo júri será presidido pelo realizador Spike Lee, contará com filmes como "Benedetta", de Paul Verhoeven, "Ha’Berech (Ahed’s knee)", de Nadav Lapid, "Thr French Dispatch", de Wes Anderson, "Tre Piani", de Nanni Moretti, e "A hero", de Asghar Farhadi.
Na competição de curtas-metragens está o filme "Noite turva", primeira obra do realizador português Diogo Salgado, que em 2020 venceu o prémio de Melhor Filme da Competição Nacional do festival Curtas de Vila de Conde.
Na Quinzena dos Realizadores, um dos programas paralelos do festival, estará, em estreia, o filme "Diários de Otsoga", de Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes, rodado em 2020 já em plena pandemia, com os atores Crista Alfaiate, Carloto Cotta e João Nunes Monteiro, e o argumento é assinado por Mariana Ricardo e também por Maureen Fazendeiro e Miguel Gomes, que coassinam pela primeira vez uma produção.