

Morreu Émilie Dequenne a atriz de “Rosetta”
A atriz belga, premiada no Festival de Cannes e que ficou conhecida após ter trabalhado com os irmãos Dardenne, faleceu no domingo, aos 43 anos, vítima de um cancro raro.
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Émilie Dequenne
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, 1981-2025
Émilie Dequenne morreu aos 43 anos no início da noite de domingo, na região parisiense, na sequência de uma forma rara de cancro, provocando uma avalanche de homenagens do mundo do cinema.
A atriz revelou em outubro de 2023 que sofria de um cancro do sistema endócrino, diagnosticado dois meses antes, o que a mantinha afastada dos sets de filmagem.
Na Bélgica, ganhou três vezes o prémio Magritte de Melhor Atriz (por “A perdre la raison”, “Os Nossos Filhos” e “Esta Terra É Nossa”).
Émilie Dequenne “teve um impacto profundo no cinema, tanto na Bélgica como muito para além das nossas fronteiras”, declarou Elisabeth Degryse, Presidente da Fédération Wallonie-Bruxelles, a federação belga responsável pela cultura francófona.
“Gostava de trabalhar, de recomeçar, tinha raiva na barriga”, afirmaram os cineastas belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne ao prestaram homenagem, esta segunda-feira, ao talento e à força de carácter da atriz que se tornou conhecida em 1999 no seu filme “Rosetta”.
Entrevistados pela estação pública RTBF, os irmãos Dardenne falaram do casting de “Rosetta”, durante o qual ficaram impressionados com a presença da atriz adolescente em frente à câmara.
“Trabalhámos durante 20 minutos e já estávamos muito impressionados com a sua força, era realmente alguém que tinha raiva na barriga”, disse Luc Dardenne. “A câmara adora-a, funciona, há qualquer coisa que se passa, quer ela esteja de perfil, de frente ou de costas”, acrescentou.
“Rosetta”, sobre uma jovem combativa que faz um biscate atrás do outro para ajudar a mãe numa situação precária, valeu a Émilie Dequenne o prémio de melhor atriz no Festival de Cannes (França) em 1999.
Nascida no seio de uma família modesta na província ocidental belga de Hainaut, tinha apenas 18 anos na altura.
No primeiro dia de filmagens, “uniu imediatamente toda a equipa”, que teve grande gosto em fazer o filme com ela, como recordam também os irmãos Dardenne. “Émilie-Rosetta tinha de estar lá todas as manhãs, no seu melhor, e foi isso que aconteceu”, disse Jean-Pierre Dardenne. “Através dos papéis excecionais que desempenhou ao longo da sua carreira, comoveu-nos, fez-nos rir e fez-nos pensar”, acrescentou.
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