28 Dez 2016 14:32

Jorge Pelicano realizou quatro mini documentários dedicados à vida no rio Tua, registando impressões de quem vai sentir o impacto da transformação do rio selvagem num lago.

"O Último Ano
do Tua" foi produzido pelo grupo Esporão, em parceria com a Plataforma
Salvar o Tua (PST), com o objetivo de "sensibilizar a opinião pública para os
efeitos devastadores e irreversíveis que a conclusão da barragem de Foz
Tua [obra da EDP no distrito de Vila Real] irá provocar na
paisagem, na qualidade de vida e no turismo da região".(ver desfecho da ação aqui).

Realizados
por Jorge Pelicano, os quatro documentários foram promovidos pelo grupo
Esporão, empresa alentejana que é proprietária da Quinta dos
Murças, no Alto Douro vinhateiro, desde 2008. Com esta campanha pretendia-se travar a construção da barragem, evitar o enchimento da albufeira, e pressionar a UNESCO a interfir em defesa de uma paisagem do Alto Douro Vinhateiro que está classificada como Património Mundial da Humanidade.

A
campanha é composta por quatro testemunhos, de quem teme que as
suas vidas mudem drasticamente com a conclusão e o enchimento da barragem que está a decorrer.

Em "A Última Colheita", o agricultor Manuel
Queiroga assume estar "revoltado", porque tal como outras "15 ou mais
pessoas" ficará sem a sua horta. "Preocupam-me as minhas vinhas, os meus filhos, o nosso futuro." As
palavras são do viticultor Pedro Duarte no filme "A Última Vindima."

Ricardo Inverno, protagonista de "A Última Descida do Rio", refere-se à barragem como "um monstro sem
necessidade de ser criado", enquanto o guia Aníbal Gonçalves defende em "A Última Caminhada" que
a linha ferroviária podia ser uma "razão forte para impedir que o vale
fosse destruído."

Jorge Pelicano, realizador dos documentários "Ainda Há Pastores?", "Pára-me de Repente o Pensamento" e "Páre, Escute, Olhe" – este último abordou o encerranento da linha ferroviária do Tua – será convidado da sessão para falar dos mini documentários.

  • cinemaxeditor
  • 28 Dez 2016 14:32

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