10 Jul 2015 17:09
Omar Sharif tornou-se famoso através dos filmes "Lawrence da Arábia" e "Doutor Jivago", ambos de David Lean. Com os desempenhos nesses filmes, rodados na década de 60 do século XX, Sharif tornou-se no primeiro ator egípcio reconhecido internacionalmente.
O seu nome de origem é Michel Chalhoub, e nasceu a 10 de abril de 1932, em Alexandria, numa família de comerciantes de madeira preciosas de ascendência sírio-libanesa.
Depois de fequentar a faculdade de Victoria em Alexandria, onde descobriu o gosto pelo teatro, ele estudou Matemática e Física na Universidade do Cairo.
A sua estreia em cinema aconteceu em 1954 no filme "Shaytan al-Sahra" de Youssef Chahine. Dois anos depois desempenhou o seu primeiro papel num filme ocidental, "A Castelã do Líbano", de Richard Pottier (1956).
A projeção internacional surge em "Lawrence da Arábia" (1962), que lhe valeu o Globo de Ouro de melhor ator secundário.
Mudou-se então para os Estados Unidos e com o seu papel em "Doutor Jivago" (1965), ganhou o Globo de Ouro de melhor ator.
Sharif desempenhou papéis marcantes, como Genghis Khan ou Che Guevara e participou em filmes diversos como "Mayerling" (1968), de Terence Young, "Funny Girl: Uma Rapariga Endiabrada", de William Wyler, com Barbra Streisand (1968), e "Os Possessos", de Andrzej Wajda (1988).
A sua carreira foi consagrada com um Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza, em 2003, e ainda ganhou o César de melhor ator com por "Monsieur Ibrahim et les Fleurs du Coran" (2004), de François Dupeyron.
Ficou conhecido pelo seu caráter colérico que o levou a ser julgado por agressões a um polícia parisiense, em 2003, e a um motorista, em Los Angeles, em 2007.
Poliglota, Omar Sharif viveu principalmente em França, Estados Unidos e Itália. No final da sua vida, sofrendo da doença de Alzheimer, aproximou-se da sua família no Cairo. Um dos seus mais recentes filmes, "Al Mosafer – O Viajante", foi justamente rodado no Egipto e apresentado, em 2009, no festival de Veneza.