6 Mai 2020 0:00
Já todos tínhamos percebido que os Óscares estavam a adaptar-se à realidade irrecusável dos filmes em "streaming". Assim aconteceu com títulos como "Roma" (2018), de Alfonso Cuarón, ou "O Irlandês" (2019), de Martin Scorsese: numa solução de compromisso, mantiveram-se como pesos pesados online, mas estrearam-se, pelo menos, na região de Los Angeles para poderem concorrer às estatuetas douradas.
Agora, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood dá um passo em frente: tendo em conta as alterações impostas pelo contexto de pandemia, na prática o lançamento de muitos títulos apenas e só nos circuitos virtuais, esses mesmos títulos vão poder concorrer aos Óscares em pé de igualdade com os que tiveram estreia nas salas escuras.
Um passo em frente? David Rubin, presidente da Academia não cede a generalizações automáticas: "A Academia acredita firmemente que não há melhor maneira de conhecer a magia dos filmes do que vê-los numa sala de cinema." Dito de outro modo: esta é uma "medida de excepção". O que, seja qual for o calendário dos próximos meses (abertura e/ou confinamento?…), deixa bem claro que a Academia não quer que esta sua decisão seja entendida para outro contexto que não seja "unicamente o dos prémios deste ano".
Entretanto, todas as especulações são possíveis, quer dizer, todas as previsões são falíveis… Até porque para os próximos meses há uma série de títulos que estão a gerar enorme expectativa, incluindo "Tenet", de Christopher Nolan, e "West Side Story", de Steven Spielberg — o primeiro está previsto para 17 de julho, o segundo para 18 de dezembro. Onde os vamos poder ver?
A 93ª cerimónia dos Óscares de Hollywood está marcada para 28 de fevereiro de 2021.