Ryan O’Neal – ator de “Lua e Papel e “Barry Lyndon” morre aos 82 anos

O ator americano Ryan O’Neal, famoso pelos papéis em “Love Story” e “Barry Lyndon”, de Stanley Kubrick, morreu na sexta-feira aos 82 anos, anunciou um dos filhos.

“É a coisa mais difícil que alguma vez tive de dizer, mas é isso mesmo. O meu pai faleceu hoje, tranquilamente”, explicou Patrick O’Neal no Instagram.

Nascido em Los Angeles, O’Neal treinou como pugilista amador antes de se dedicar à representação. A sua estreia no mundo do espetáculo deu-se em 1964, quando conseguiu o papel de Rodney Harrington na telenovela de sucesso da ABC “Peyton Place”.

Ficou conhecido em 1970 com o filme de culto “Love Story”, um romance em que onde um estudante de direito de Harvard que se apaixona por uma jovem, interpretada pela atriz Ali MacGraw, obrigada a trabalhar na biblioteca para pagar os estudos. O papel valeu-lhe a nomeação para um Óscar.

Ryan também obteve um grande êxito na comédia romântica de 1972 “What’s Up, Doc?”, com Barbra Streisand e realizada por Peter Bogdanovich, que também dirigiu O’Neal no êxito de 1973 “Lua de Papel”, que contou com a participação da então jovem filha do ator, Tatum O’Neal. Com apenas 10 anos, o seu papel de estreia no drama passado na era da Grande Depressão como uma órfã precoce valeu-lhe um Óscar para melhor atriz secundária.

Pouco depois, Ryan O’Neal foi recrutado por Stanley Kubrick para o seu filme de 1975 “Barry Lyndon”, uma sátira social que explora os costumes do século XVIII.

Perto do final da sua carreira, O’Neal teve um papel recorrente entre 2005 e 2017 na série policial “Ossos”, da Fox, onde foi o pai da antropóloga forense interpretada por Emily Deschanel.

“O meu pai era tão generoso quanto possível”, acrescentou Patrick O’Neal.

“Adorava fazer as pessoas rir (…) Independentemente da situação, se houvesse uma piada a fazer, ele fazia-a. Queria mesmo que nos ríssemos. E todos nos rimos. Sempre. Divertíamo-nos.”, escreveu o filho do ator.

O’Neal casou-se e divorciou-se duas vezes antes de iniciar uma relação tempestuosa com a estrela de “Os Anjos de Charlie”, Farrah Fawcett. Estiveram juntos durante quase 20 anos, desde o final da década de 1970, mas ter-se-ão separado em 1997 após a atriz o ter apanhado em flagrante com outra mulher.

Voltaram a juntar-se em 2001, até à morte de Farrah Fawcett de cancro, aos 62 anos, em 2009, no mesmo dia que Michael Jackson.

Ryan O’Neal disse ao jornalista britânico Piers Morgan que ver “Love Story” – um filme em que um rapaz rico se apaixona por uma rapariga da classe trabalhadora que mais tarde morre – foi de partir o coração. “Perdi a Farrah com cancro e pergunto-me porque é que me aconteceu aquilo”, disse.

Após a morte da atriz, esteve no centro de uma disputa sobre um retrato de Farrah Fawcett assinado por Andy Warhol que era reclamado pela Universidade do Texas. Após uma batalha legal, um tribunal da Califórnia reconheceu em 2013 que O’Neal era o real proprietário da obra.

O ator já tinha tido outros problemas com a lei. Em 2009, foi condenado a 18 meses num programa de desintoxicação depois de a polícia o ter detido com o seu filho Redmond e de ter encontrado metanfetaminas na sua casa em Malibu.

• CINEMAX - RTP c/ agências

• 09 Dez 2023 11:48