Sobe o número de espectadores nos cinemas portugueses – mas os totais de 2021 continuam distantes do período anterior à pandemia
O ano foi de alguma recuperação apesar de o número de bilhetes vendidos ter sido inferior em dois terços ao que se verificava antes da pandemia.
Em 2021 foram ao cinema em Portugal 5,4 milhões de pessoas, diz o relatório do ICA publicado hoje e que adianta os totais preliminares do ano que passou. Em comparação com 2020, a subida foi de 43,8%.
Recorda-se que no primeiro ano de pandemia as salas fecharam em meados de março e estiveram a zeros em abril e maio tendo sofrido limitações de funcionamento nos restantes meses. Problemas semelhantes repetiram-se no início de 2021 afetando os resultados no primeiro trimestre. Desde então, os cinemas nunca mais regressaram aos números do período anterior à doença.
Como comparação, em 2019, ainda sem vírus, deram entrada nas salas 15,5 milhões de espectadores. Ou seja, grosso modo, o volume de vendas ainda está dois terços abaixo do que seria normal.
“Homem-Aranha: Sem Volta a Casa” foi o filme mais visto do ano e o unico a aproximar-se dos desempenhos pré-COVID ao passar os 400 mil espectadores. Nenhum outro se aproximou. O segundo, a animação “Cantar 2”, ficou-se pelos 104 mil espectadores. No cinema de produção portuguesa, o mais popular foi “Bem Bom”, a história da banda “Doce”, visto por 88 mil pessoas.
Entre os distribuidores, a NOS Audiovisuais perdeu parte do seu domínio nos últimos dois anos. Em 2019 chegava aos 71% de quota de mercado. Em 2021, ficou-se pelos 50%. Quem está em crescimento é a Cinemundo que dos 4,7% há dois anos subiu no último ano para os 28% trocando com a Big Picture que, no entanto (e em grande parte graças ao resultado de “Homem-Aranha: Sem Volta a Casa”), se mantém na casa dos 15%.
Quanto à exibição, a NOS Cinemas aumentou a fatia que detém no mercado português, de 61 para 65%, e a Cineplace, ultrapassou, ainda que ligeiramente, a UCI com os Cinema City a recuarem dos 7,4% para os 6,3%.
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