Jessica Harper na teia de medos de

21 Jul 2017 1:31

O filme "Suspiria", de Dario Argento, protagonizado por Jessica Harper, foi este ano objecto de homagem pela Festa do Cinema Italiano — tratava-se de celebrar os seus 40 anos, uma vez que foi lançado em 1977. A odisseia da bailarina americana que chega a uma escola da Alemanha e encontra um ambiente, literalmente, de cortar à faca, entrou para a história como uma das experiências mais pessoais, e também mais bizarras, no interior do género de terror.



É interessante recordar que, tanto na Europa como nos EUA, a década de 70 foi palco de muitas revisitações mais ou menos revivalistas dos géneros clássicos do cinema ligados ao gosto pelo suspense. Um dado comum a tais experiências é a importância dramática da música — no caso de "Suspiria", a música tem assinatura dos Goblin, uma banda italiana de rock progressivo.

Afinal de contas, está por fazer uma história das complexas relaçoes entre a música, os mecanismos de suspense e as regras do cinema de terror. Em 1976, por exemplo, John Carpenter encenava o seu "Assalto à 13ª Esquadra" com um peculiar clima musical resultante do seu próprio trabalho de composição; alguns anos antes, em 1960, Bernard Herrman assinava a inesquecível e inquietante partitura de "Psico", de Alfred Hitchcock — Argento é, afinal, um discípulo do mesmo gosto sinfónico.

  • cinemaxeditor
  • 21 Jul 2017 1:31

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