Os Mínimos na sua aventura para encontrar um líder — grande animação dos estúdios da Universal


joao lopes
23 Jul 2015 16:50

Mais do que nunca, importa sublinhar um dado vital da actualidade dos desenhos animados: a Pixar e, inevitavelmente, também a Disney serão as "marcas" tradicionalmente mais reconhecidas desse universo (com alguns filmes magníficos, não é isso que está em causa); o certo é que importa não esquecer que, com o passar dos anos — e, em particular, com os dois filmes de "Gru, o Maldisposto" (2010 e 2013) — os estúdios da Universal se impuseram também como uma força central na dinâmica industrial e artística da animação.

"Mínimos" aí está como novo e esclarecedor exemplo, recorrendo uma vez mais aos dotes criativos do francês Pierre Coffin. Foi ele que co-assinou as aventuras de Gru, com Chris Renaud, agora repartindo as tarefas de direcção com Kyle Balda. E o mais espantoso é, por certo, a capacidade de preservar a alegria criativa dos pequenos seres amarelos, sem fazer uma mera acumulação de sketches mais ou menos televisivos.
Estamos, assim, perante aquilo que na gíria tende a ser chamado uma "prequela": os Mínimos ainda não encontraram o seu líder Gru (que irá emergir apenas no final do filme), vivendo desde os tempos heróicos dos dinossauros à procura de… um líder! De tal modo que, já nos nossos dias parecem encontrar numa Convenção de Vilões (sic), em Orlando, California, a solução para a sua ansiedade…
Construído a partir de um argumento cuidadosamente elaborado, "Mínimos" impõe-se como uma fábula sobre a consistência do grupo e as diferenças individuais, de tal modo que o filme consegue a proeza de fazer emergir algumas personagens — a começar, claro, pelos três Mínimos principais: Kevin, Stuart e Bob — que conferem à acção uma dinâmica psicológica e emocional francamente invulgar.
Até porque, importa sublinhá-lo, cada uma dessas personagens possui expressões, movimentos e poses muito próprias. Sem esquecer que as divertidíssimas vozes de Kevin, Stuart e Bob estão todas a cargo do próprio Pierre Coffin! Para preservarmos a memória destas coisas, revisitemos a já clássica "canção da banana":

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