“Star Wars: O Despertar da Força” – a caminho dos milhões

A cortina subiu finalmente sobre o "Episódio VII: O Despertar da Força", novo filme da saga "Star Wars", com a estreia mundial segunda-feira, em Los Angeles.

Depois da passadeira vermelha em Hollywood, o filme mais esperado do ano – há uma década que os fãs esperam por um novo episódio de "Star Wars" – chega aos cinemas de todo o mundo a partir de quarta-feira.

"Quando terminámos a rodagem, dissemos ‘Oh, ainda falta tanto tempo para o filme sair’. E agora aqui estamos nós. Tenho medo mas, ao mesmo tempo, quero que as pessoas o vejam" disse a atriz Daisy Ridley à AFP.

Aos 23 anos, no seu primeiro papel no cinema, a britânica está prestes a tornar-se uma celebridade galáctica ao interpretar Rey, a solitária e que será das principais personagens de "O Despertar da Força".

A acompanhá-la nas suas aventuras está outro inglês, John Boyega, no papel de Finn, um soldado da Primeira Ordem que passou para o lado bom da Força, e o americano de origem guatemalteca, Oscar Isaac, como o piloto rebelde Poe Dameron.

Harrison Ford e Carrie Fisher, atores da primeira trilogia, voltam a encarnar a pele de Han Solo e Leia, para milhões de fãs felizes.

Quatro décadas após o lançamento do primeiro "Star Wars", em 1977, o amor pela saga nunca desapareceu e as suas expressões e imagens marcaram profundamente a cultura popular. Seja "a temática, a Força, ou os sabres de luz, há algo que afeta as pessoas e não se consegue explicar" diz Daisy Ridley.

Intriga top secret
J.J. Abrams, realizador do novo filme da saga criada por George Lucas teve a difícil tarefa de satisfazer os milhões de fãs da saga e, ao mesmo tempo, projetá-la em direção ao futuro.

A trama recomeça 30 anos depois do fim da "O Retorno de Jedi" e permanece confidencial. "Mantivemos o segredo por boas razões (…) Mesmo as pessoas que realmente querem saber tudo sobre o filme preferem vê-lo no ecrã", explica Daisy Ridley.

As especulações são abundantes. Quando aparecerá o herói da primeira trilogia, Luke Skywalker? Estará Rey, cujo apelido se desconhece, relacionada com a dinastia Skywalker?

Quanto a Darth Vader, morreu realmente? Kylo Ren, o novo vilão interpretado por Adam Driver, cujo traje e máscara preta são semelhantes ao de Vader, fala diretamente com ele num dos trailers: "Vou terminar o que você começou"…

"Star Wars" fala sobre a família, a sobrevivência de uma comunidade, ter um propósito," disse à AFP Lupita Nyong’o, que interpreta a personagem digitalizada Maz Kanata – circulam rumores de que poderá ser um novo Mestre Jedi.

O elenco de "O Despertar da Força" inclui mais mulheres do que as duas primeiras trilogias: além de Fisher, Ridley e Nyong’o, também Gwendoline Christie, sai por momentos de "A Guerra dos Tronos" e, desliza para o traje do ameaçador Capitão Phasma.

"A marca de fábrica de ‘Star Wars’ é a diversidade", diz Nyong’o, que observou como "os primeiros episódios realizados por George Lucas andam em redor de um mundo de droids, alienígenas, criaturas e seres humanos, tudo misturado".

Receitas astronómicas
Os fãs, por sua vez, passaram a contar as horas. Muitos têm bilhetes já comprados e as pré-vendas atingiram recordes.

Especialistas prevêem que o filme, de orçamento colossal, acabe por ter uma receita ainda mais astronómica: cerca de dois mil milhões de dólares só nas bilheteiras de cinema e até cinco mil milhões provenientes dos produtos que invadiram as
lojas: de roupas a estatuetas, máscaras, sorvete, ou macarrão com
queijo.

Com outros três filmes já previstos, "Star Wars" pode mesmo tornar-se na série com maior bilheteira na história do cinema – o suficiente para permitir que a Disney tenha lucro sobre os 4 mil milhões de dólares investidos na compra do tesouro cinematográfico de George Lucas.

Depois da antestreia mundial em Los Angeles, o filme estreia pelo mundo fora a partir de quarta-feira. Quinta é a vez de Portugal, um dia antes de "O Despertar da Força" ficar finalmente disponível nas salas de cinema dos EUA.

Para trás neste lançamento quase simultâneo ficam apenas a Grécia, a Índia, o Paquistão (25 de dezembro) e a China (9 de janeiro).

• CINEMAX com AFP

• 15 Dez 2015 23:18