4 Jan 2019 17:26
O ano que terminou terá sido de recordes para a indústria cinematográfica com 11,9 mil milhões de dólares de receita bruta de bilheteira no mercado norte-americano (EUA e Canadá) e 41,7 mil milhões a nível mundial, valores avançados pela ComScore, empresa que acompanha semanalmente os resultados de box office.
A Disney voltou a ser o estúdio com maior quota do mercado global (7,33 mil milhões de dólares), segundo melhor resultado de sempre atrás dos 7,61 mil milhões, também da Disney, obtidos em 2016 – de acordo com a mesma fonte.
No mercado interno, o domínio Disney notou-se ainda mais com um recorde de $3,09 mil milhões a suplantar o anterior máximo do mesmo estúdio, com $3 mil milhões, em 2016. Cereja no topo do bolo: o trio de líderes da tabela norte-americana deste ano pertencem todos ao estúdio do Mickey Mouse:
1. Black Panther
2. Vingadores: Guerra do Infinito
3. The Incredibles 2: Os Super-Heróis
Quanto ao número de espectadores nos cinemas norte-americanos, pouco usado como métrica do sucesso nos EUA, a ComScore estima um acréscimo na ordem dos 4 a 5%.
Já na contabilidade a nível planetário, "Jurassic Park: Fallen Kingdom", da Universal, consegue entrar no topo da tabela liderada por "Avengers: Infinity War".
1. Vingadores: Guerra do Infinito
2. Black Panther
3. Mundo Jurássico: Reino Caído
Além do sempre importante crescimento norte-americano, o box office mundial continua a reboque da China que, se por um lado manteve a tendência de aumento nas idas ao cinema, por outro deu os primeiros e inevitáveis sinais de abrandamento. No gigante asiático, o crescimento em 2018 foi de 9% em relação a 2017. Na comparação entre 2016 e 2017 fora de 13,5%. Num mercado que continua a ser bastante regulado pelas autoridades, onde a censura é uma realidade muitas vezes ignorada e ainda existem quotas de importação de filmes estrangeiros, as produções locais valeram 62% da receita final de bilheteira do ano findo.
Na Europa, os primeiros números divulgados são menos animadores. Em Itália, as receitas de bilheteira foram as mais baixas numa década, apenas 555 milhões de euros, menos 30 milhões do que em 2017. As queixas apresentadas são as mais comuns: pirataria e Netflix o que levou o ministério da cultura daquele país legislar sobre a presença de títulos da operadora de streaming nas salas.
Em França, a quebra de 3% nas receitas (de €1,5 mil milhões em 2017 para €1,3 mil milhões em 2018) tem como bodes expiatórios os coletes amarelos e o futebol, refere uma notícia do Variety citando números da ComScore France. O número de espectadores desceu 4,3%.