25 Mai 2020 11:49
A FEVIP – Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais, pede ao governo para adiar a reabertura das salas de cinema. Em causa, de acordo com o diretor-geral, António Paulo Santos, está a impossibilidade de programar estreias para a data indicada, 1 de junho.
"É como ir a um supermercado e ter as prateleiras vazias", declara o representante do organismo que zela pela defesa dos direitos de autor do cinema em Portugal.
Num comunicado, a associação informa que enviou uma carta ao primeiro-ministro, Ministério da Cultura, Ministério da Economia e ICA – Instituto do Cinema e Audiovisual, a solicitar o adiamento da abertura das salas para 2 de julho.
A FEVIP diz ter sido "surpreendida", qualifica a intenção do governo de permitir a entrada em funcionamento das salas de cinema a 1 de junho como "irrealista" e "despropositada" e acrescenta que nem a FEVIP nem a APEC – Associação Portuguesa de Empresas Cinematográficas (que congrega distribuidores e exibidores) foram consultadas sobre o tema.
As duas entidades dizem representar 95% das empresas da distribuição e exibição cinematográfica.
“A disponibilidade dos filmes está atrasada e dependente da abertura dos mercados internacionais, como é o caso dos EUA. Esta disponibilidade só é esperada para o mês de julho, se as condições sanitárias o permitirem”, diz António Paulo Santos.
Do ponto de vista do diretor da FEVIP, os novos filmes são essenciais para atrair o público às salas. Alerta ainda que sem o mínimo de condições de rentabilidade, poderá estar em causa a sobrevivência de muitas empresas.