1 Jul 2020 3:01
Figura ímpar do mundo da comédia, com uma longuíssima carreira iniciada em meados da década de 1950, o actor, argumentista e realizador americano Carl Reiner faleceu no dia 29 de Junho, em Beverly Hills — contava 98 anos.
Em especial para o público americano, a sua imagem está associada, antes de tudo o mais, à televisão, sobretudo como criador (e ainda intérprete, argumentista e produtor) da série "The Dick Van Dyke Show" (1961-1966). Formou também uma dupla de grande sucesso com Mel Brooks.
Para os espectadores mais jovens, tornou-se conhecido como intérprete da personagem de Saul Bloom, um dos membros da quadrilha de "Ocean’s Eleven" (2001), de Steven Soderbergh — aliás, retomaria a personagem nas duas sequelas, também de Soderbergh, em 2004 e 2007.
Com uma actividade constante ao longo das décadas, o volume do seu trabalho televisivo não o impediu de realizar também diversos filmes para cinema, com especial gosto por um humor contaminado pelas mais diversas formas de absurdo. Destacam-se, em particular, os títulos em que dirigiu Steve Martin, incluindo "O Tonto" (1979) [trailer: "The Jerk"] e "Cliente Morto Não Paga a Conta" (1982), em ambos participando também como actor.
A sua descendência artística inclui o seu filho, também actor e realizador, Rob Reiner. Na imensa lista de prémios que recebeu, surgem onze Emmys e um Grammy (este para o álbum de comédia "2000 Year Old Man", de 1998, registo de um dueto representado com Mel Brooks). Em 2000, numa gala do Kennedy Center, foi distinguido com o Prémio Mark Twain de Humor Americano.