17 Dez 2024

A atriz espanhola Marisa Paredes, cuja carreira foi marcada sobretudo pelos seis filmes onde participou sob a direção de Pedro Almodóvar, morreu aos 78 anos, fez saber terça-feira a Academia Espanhola de Cinema.

Fontes próximas, citadas na imprensa espanhola, referem que a morte foi súbita e a atriz se encontrava em perfeitas condições, pelo menos até ao passado domingo, quando foi ao Teatro Español assistir a uma peça em que participava a filha, também atriz, María Isasi.

“O cinema espanhol perdeu uma das suas atrizes mais emblemáticas, Marisa Paredes, que deixa para trás uma longa carreira durante a qual o público a viu no ecrã mais de 75 vezes”, declarou a Academia Espanhola de Cinema nas redes sociais.

Nascida em Madrid em 1946, Marisa Paredes entrou pela primeira vez em palco em 1961 e, mais tarde, integrou um grupo de teatro universitário. Seguiu-se uma longa carreira de mais de seis décadas, no teatro, na televisão e no cinema.

Passou a ser um rosto associado a Pedro Almodóvar após ter participado em seis longas-metragens do realizador espanhol, uma colaboração que começou com “Negros Hábitos”, em 1983. Depois, trabalharam juntos em “Saltos Altos”, “A Flor do Meu Segredo”, “Tudo Sobre a Minha Mãe”, “Fala Com Ela” e “A Pele Onde Eu Vivo”, de 2011.

Marisa Paredes também participou em produções internacionais como “A Vida é Bela” (1997), do realizador italiano Roberto Benigni, “Nas Costas do Diabo” (2001), do mexicano Guillermo del Toro, e “Linhas de Wellington”, coprodução portuguesa dirigida por Valeria Sarmiento.

Recebeu o Prémio Nacional de Cinema (1996), a Medalha de Ouro de Mérito em Belas Artes (2007) e o Goya de Honra 2018 da Academia Espanhola, entre outros prémios. Presidiu à Academia Espanhola de Cinema entre 2000 e 2003.

  • CINEMAX - RTP c/ agências
  • 17 Dez 2024 10:21

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