19 Nov 2023
O filme “Cidade Rabat”, de Susana Nobre, venceu o Grande Prémio do Festival Caminhos do Cinema Português, em Coimbra, e “Não sou nada”, de Edgar Pêra, recebeu o prémio do público, revelou hoje a organização.
Este festival, que anualmente traça uma panorâmica do cinema português, terminou hoje com a atribuição de mais de vinte prémios, reconhecendo várias áreas da produção cinematográfica.
O Grande Prémio do júri foi atribuído a “Cidade Rabat”, descrito como “uma comédia melancólica sobre o luto”, na qual a personagem Helena tenta manter o rumo da sua vida, a relação com a filha adolescente e as rotinas do trabalho, depois da morte da mãe.
Esta longa-metragem, estreada no festival de cinema de Berlim, valeu ainda a Susana Nobre o prémio de melhor argumento original.
O público do festival distinguiu “The Nothingness Club – Não Sou Nada”, uma ficção de Edgar Pêra sobre Fernando Pessoa, e que recebeu ainda o prémio de melhor direção artística para Ricardo Preto.
Os prémios de melhor ficção, melhor documentário e melhor animação foram para três curtas-metragens, respetivamente “Corpos Cintilantes”, de Inês Teixeira, “Dildotectónica”, de Tomás Paula Marques, e “Quase Me Lembro”, de Dimitri Mihajlovic e Miguel Lima.
O luso-suíço Basil da Cunha foi eleito o melhor realizador, por “2720”, e o ator Ruben Simões venceu o prémio revelação por ter protagonizado “Vadio”, de Simão Cayatte. Por este filme, Teresa Font venceu o prémio de melhor montagem.
Noutros prémios entregues no festival, a atriz Beatriz Batarda e o ator Romeu Runa foram distinguidos pelas interpretações no filme “Great Yarmouth – Provisional Figures”, de Marco Martins, e Leonor Teles recebeu o prémio de melhor fotografia pelo filme “BAAN”, que realizou.
Entre outros prémios anunciados, o prémio FIPRESCI, da Federação Internacional de Críticos de Cinema, reconheceu o filme “O bêbado”, de André Marques.
Palmarés da 29ª Edição do Festival Caminhos do Cinema Português
Seleção oficial
Grande Prémio – Cidade Rabat (Susana Nobre)
Melhor Ficção – Corpos Cintilantes (Inês Teixeira)
Melhor Documentário – Dildotectónica (Tomás Paula Marques)
Melhor Animação – Quase Me Lembro (Dimitri Mihajlovic e Miguel Lima)
Prémio Revelação – Rúben Simões – Vadio (Simão Cayatte)
Melhor Interpretação Principal – Beatriz Batarda (Great Yarmouth – Provisional Figures)
Melhor Interpretação Secundária – Romeu Runa (Great Yarmouth – Provisional Figures)
Melhor Argumento Original – Susana Nobre (Cidade Rabat)
Melhor Banda Sonora Original – Simon Smith e Jonathan Darch (De Imperio)
Melhor Caracterização – Laura Gama Martins (Entre a Luz e o Nada)
Melhor Cartaz – Igor Gonçalves, André Pinto (Cul-De-Sac)
Melhor Direcção Artística – Ricardo Preto (Não Sou Nada)
Melhor Fotografia – Leonor Teles (BAAN)
Melhor Guarda-Roupa – Cátia Cartaxo, Alexander David, Joana Lages e Pedro Vaz Simões (A Primeira Idade)
Melhor Montagem – Teresa Font (Vadio)
Melhor Realização – Basil da Cunha (2720)
Melhor Som – Rafael Cardoso (Pátio Do Carrasco)
Prémio FIPRESCI – atribuído por membros da Federação Internacional de Críticos de Cinema – O Bêbado (André Marques)
Seleção Ensaios
Prémio para Melhor Ensaio Nacional – Mum (Siddhant Sarin)
Prémio para Melhor Ensaio Nacional de Animação – Memórias de Pau-preto e Marfim (Inês Costa)
Melhor Filme da Seleção Ensaios – Daydreaming So Vividly About Our Spanish Holidays (Christian Avilés)
Menção Honrosa Défilement (Francisca Daniela Silva Miranda)
Seleção Outros Olhares
Melhor Filme Outros Olhares – Exotic Words Drifted (Sandro Aguilar)
Menção Honrosa – Outros Olhares Onde está Pessoa? (Leonor Areal)